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Perguntas e Respostas em Cefaleias

PUBLICADO EM 03/06/2016

O que os estudos epidemiológicos revelam?

  1. O que o estudo epidemiológico realizado pela Sociedade Brasileira de Cefaleia revelou? Quantas pessoas foram estudadas?
    O estudo epidemiológico nacional da enxaqueca estudou mais de 3.800 pessoas erevelou que a população brasileira tem 15,2% de enxaqueca, 13% de cefaleia tensional e 6,9% de cefaleia crônica diária.

  2. Como está a situação da doença no Brasil comparada a outros países? Existem dados comparativos?
    Podemos fazer uma comparação com outros estudos feitos, a prevalência da enxaqueca é semelhante em outros países, mas a da cefaleia crônica diária é maior no Brasil.

  3. Quais as terapias ou tratamentos que apresentam resultados mais eficazes?
    Os tratamentos podem ser medicamentosos ou não medicamentosos e todos têm a mesma faixa de resposta terapêutica. Cerca de 50% de diminuição e em 50% das pessoas, as dores de cabeça fortes reduzem sua intensidade.

  4. Quais as novidades em relação a medicamentos e tratamentos? A toxina botulínica é o que há de mais recente? Quando ela é indicada?
    Muitos medicamentos podem ser utilizados, neuromoduladores (anticonvulsivantes), antidepressivos, betabloqueadores. Novas opções, como a toxina botulínica podem ser utilizadas em alguns casos selecionados.

  5. É possível prevenir a enxaqueca? O que acontece no cérebro no momento em que ela é desencadeada?
    O principal tratamento da enxaqueca é o tratamento preventivo. No cérebro acontece um disparo excessivo dos neurônios do sistema de dor, que com os tratamentos passam a ficar equilibrados.

  6. Qual a diferença de cefaleia em salvas e enxaqueca?
    Cefaleia em salvas e enxaqueca são duas cefaleias primárias distintas, a cefaleia em salvas ocorre mais no homem que na mulher (na enxaqueca é o inverso), tem uma duração mais curta da crise de dor de cabeça, até 3 horas, porém mais intensa, acontece exclusivamente em um lado da cabeça (na enxaqueca pode ser dos dois lados), acompanha lacrimejamento, olho vermelho, queda da pálpebra do lado da dor. O comportamento durante a crise é de agitação, enquanto na enxaqueca o paciente prefere se deitar. Na cefaleia em salvas existe uma predileção das crises ocorrerem em certa hora do dia, em geral à noite ou de madrugada, e também ocorrem todos os dias por certo período no ano, seguido de meses de remissão, sem dor de cabeça.
    O tratamento da cefaleia em salvas é diferente da enxaqueca: na crise, o uso do oxigênio é preconizado, para prevenção são utilizados procedimentos como o bloqueio de nervo occipital, remédios como o verapamil, topiramato, carbolítio e melatonina. Em certos casos, pode se usar corticoterapia para cortar o ciclo de dor.